Pesquisas ligam emissões de automóveis com maiores índices de Parkinson, Alzheimer e autismo

Há anos se fala sobre os problemas respiratórios, cardíacos e até cânceres causados pela poluição, e leis rígidas para controlá-la são colocadas em vigor em todo canto do mundo. Mas agora, um novo malefício da poluição está sendo descoberto. Pesquisas recentes divulgadas no Wall Street Journal estão mostrando que a fumaça do trânsito pode causar danos cerebrais.
Em qualquer faixa etária, as partículas de carbono emitidas podem danificar as células e atrapalhar sinapses essenciais para o aprendizado e para a memória. A poluição tem um efeito negativo na capacidade mental, inteligência e controle emocional do indivíduo.
Na Holanda, pesquisadores descobriram que apenas 30 minutos de exposição a níveis de fumaça encontrados na rua são o suficiente para alterar o comportamento, personalidade e decisões de uma pessoa, mudanças que sugerem estresse mental.
A fumaça também pode afetar idosos, segunda a Universidade de Columbia. Bastam 90 dias de exposição ao ar de uma cidade com alto tráfego para que os efeitos comecem a se manifestar. A Universidade de Harvard mostrou que a poluição também afeta o genoma de recém-nascidos, podendo mudar o funcionamento cerebral permanentemente. A médica Heather Volk, da Universidade de São Francisco, constatou que crianças nascidas de mães vivendo próximas aos grandes centros e vias de Los Angeles e São Francisco têm duas vezes mais chances de desenvolver autismo.
Apesar da seriedade das descobertas, a ponte entre poluição e dano cerebral ainda não está claramente estabelecido. Os pesquisadores não sabem se os danos em pessoas adultas são permanentes. E as evidências que apresentam são circunstanciais no momento. Mas os pesquisadores acreditam que estão apenas começando a descobrir os efeitos da poluição no cérebro humano.
MATERIA: http://caranddriverbrasil.uol.com.br/blogs/da-redacao/poluicao-de-autos-pode-causar-dano-cerebral/542
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